domingo, 12 de novembro de 2017

# Acessibilidade: o que é?


O dicionário nos diz que "acessibilidade" é um substantivo que denota a qualidade de ser acessível; "acessível", por sua vez, é um adjetivo que indica aquilo a que se pode chegar facilmente; que fica ao alcance. Na área da Deficiência, quando este termo começou a ser utilizado, estava restrito ao ambiente construído e designava a eliminação de barreiras arquitetônicas. Na verdade, a expressão mais freqüentemente usada era "eliminação de barreiras", pois ficava subentendido que a pessoa se referia às barreiras arquitetônicas. A sensação que as pessoas tinham (tanto as pessoas com deficiência quanto familiares, amigos e profissionais) era muito negativa: a cidade era vista como um lugar perigoso, cheio de armadilhas e obstáculos a serem enfrentados, que requeriam disposição e paciência, todo dia. Nada era fácil, nada era possível.
O significado do termo "acessibilidade" foi ampliado. Percebemos que acessibilidade era mais do que construir rampas - embora rampas sejam, sempre, fundamentais. Mas representam, literalmente, apenas o primeiro passo. Rampas precisam levar a escolas, centros de saúde, teatros, cinemas, museus, shows de rock... Este novo sentido foi aplicado a outras esferas do fazer humano; passamos, então, a refletir sobre a acessibilidade (e o acesso a) na Educação, no Trabalho, Lazer, Cultura, Esportes, Informação e Internet.
Alcançar condições de acessibilidade significa conseguir a equiparação de oportunidades em todas as esferas da vida. Isso porque essas condições estão relacionadas ao AMBIENTE e não às características da PESSOA. Falar sobre alcançar condições de acessibilidade implica em falar de processo, que tem tempos e características diferentes em cada lugar, que tem idas, vindas, momentos que parecem de estagnação - mas, na verdade, são momentos em que novos conceitos, novas posturas e atitudes estão germinando. Processos são demorados e precisam do cuidado de todos.


(Fonte: http://www.bengalalegal.com/martagil    12/11/17; 11:10)

# 1981: um ano a ser lembrado


Gradualmente, o panorama foi mudando. 1981 foi um marco significativo: a ONU - Organização das Nações Unidas decretou que esse era o Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência (AIPPD). Parece que um farol se acendeu: a sociedade se deu conta que havia pessoas com deficiência e que eram muitas. A visibilidade recém adquirida, com respaldo da ONU, estimulou a mudança de atitudes: organizações DE pessoas com deficiência foram criadas; o tema foi matéria de jornais, televisões e rádios; direitos foram conquistados; as pessoas com deficiência puderam fazer soar sua voz e expressar desejos e vontades. Ou seja, começaram a sair da atitude de imobilismo e perplexidade que o cartum mostra.
No bojo desta mudança, que se processa de forma gradual e que até hoje está acontecendo, podemos destacar fatos e tendências. Um deles foi a substituição do termo "barreiras arquitetônicas" por "acessibilidade", invertendo o sinal das lutas e dos olhares: não era "contra", era "a favor". Já havia passado o momento do antagonismo, do grupo das pessoas com deficiência contra a sociedade toda. Chegou o dia das pessoas com deficiência dizerem que queriam ficar junto com os outros e, melhor ainda, isso começa a se tornar realidade.


# A acessibilidade diminui a desvantagem


O ambiente pode piorar a forma de funcionamento de uma pessoa. Um restaurante com muitas mesas e pouco espaço de circulação entre elas exige que o garçom seja um malabarista, para equilibrar pratos e copos e que os clientes sejam ágeis e flexíveis, para chegar aos seus lugares. Se forem idosos, ou grávidas, ou obesos, ou simplesmente distraídos ... a probabilidade de acidente é alta. O mesmo acontece com pessoas com deficiência: se o ambiente não oferece condições adequadas de acessibilidade, elas ficam em situação de desvantagem e sua condição de funcionamento (surdez, cegueira ou outra) se agrava ou até mesmo fica inviabilizada.
É importante perceber que, embora esses fatores ambientais não constituam barreiras para os que não têm deficiência, sua eliminação favorece a TODOS. Um ambiente acessível é bom para todos, não apenas para pessoas com determinadas características físicas, pois oferece qualidade de vida, segurança e permite a convivência e a interação entre diferentes.


(Fonte: http://www.bengalalegal.com/martagil      12/11/17;11:23)

# Acessibilidade: Cultura e Tecnologia


Desde os anos 80, segundo a UNESCO, cresceu o entendimento de que as dificuldades impostas pelos limites de uma deficiência a um indivíduo variam segundo a cultura e desenvolvimento tecnológico de cada país ou região. Não são apenas o tipo e o grau de deficiência sensorial, cognitiva ou física que determinam a limitação de uma pessoa; o ambiente no qual se insere também pode fazer com que fique mais ou menos limitada. Aplicando-se essa idéia às páginas da web, podemos entender como a tecnologia tanto pode, quando bem utilizada, contribuir para maior qualidade de vida para inúmeras pessoas, como a se constituir, se for mal empregada, numa grande fonte de frustração. Se as pessoas com deficiência visual ou dificuldades motoras que não utilizam mouses, por exemplo, pudessem navegar pela internet e fossem a agências bancárias on-line realizar transações financeiras sem sair de casa; se lojas virtuais de vendas e supermercados tivessem sites com um acesso fácil e possível a esses internautas, evitando uma locomoção desnecessária na hora de comprar um livro para um amigo ou um CD de música para escutar; se tal tecnologia permitisse a leitura, na internet, do jornal preferido por elas; se pudessem estudar e se divertir; se, enfim, conseguissem utilizar de todas as facilidades que a internet, especialmente a web, oferece à maioria de seus usuários, essas pessoas estariam cada vez menos limitadas. A tecnologia da web não seria mais uma barreira a ser transposta mas, ao contrário, um veículo de transposição de barreiras e melhora da qualidade de vida.

A legislação, sobretudo por meio da Lei nº. 8.112/90, de reserva de mercado, abriu as portas das empresas e do mercado para as pessoas com deficiência. Geram-se empregos e salários e, consequentemente, relacionamento social, econômico e maior participação política, permitindo a inclusão de um número cada vez maior de pessoas nas atividades comuns de toda a sociedade. Para isso, cultura inclusiva e tecnologia têm de estar juntas, oferecendo novos espaços, como esse espaço quase infinito que é a web.


(Fonte: http://acessibilidadelegal.com/13-tudotem.php        12/11/17;11:26)

# Web, Pessoas com Deficiência e Tecnologias Assistivas.


Acessibilidade nas páginas da Web significa, antes de mais nada, termos um acesso regular a essas páginas. Dependemos, então, para começar, do próprio computador que utilizamos, seus periféricos, como mouse, teclado, monitor, áudio etc. Além disso, de programas como navegadores (Internet Explorer, Firefox, Opera e outros) e tecnologias assistivas.
Tecnologia Assistiva é qualquer tipo de tecnologia especificamente concebida para ajudar pessoas com incapacidades ou deficiência a executarem atividades do cotidiano. A tecnologia assistiva abrange as cadeiras de rodas, as máquinas de leitura, próteses, etc. No domínio da acessibilidade da web, tecnologias assistivas para a navegação na web são hardwares, periféricos e programas especiais que permitem, ou simplesmente facilitam, o acesso de pessoas com deficiência à internet. Entre eles podemos citar os leitores de tela, sintetizadores de voz, ampliadores de tela, para pessoas cegas ou de baixa visão; programas de comando de voz para cegos e pessoas com dificuldades na digitação; teclados e mouses especiais, controlados por um joystick ou pelos movimentos da cabeça, por exemplo, para pessoas com dificuldades motoras, etc. O desenvolvimento da tecnologia possibilita que cada vez mais pessoas estejam capacitadas para acessar a internet e as novidades nesse campo são permanentes.


(Fonte: http://acessibilidadelegal.com/13-tudotem.php      12/11/17; 11:29)

# Navegação Via Teclado


Se pensarmos em acessibilidade nas páginas da web para pessoas com deficiência, somos obrigados a refletir no modo de navegação, que podemos dividir em três: navegação via mouse, navegação via teclado e navegação por comando de voz.
A maioria das pessoas navegam via mouse e só se utilizam do teclado para preencherem formulários, fazerem pesquisas, escrever e-mails etc. No entanto, a maior parte das pessoas com deficiência que necessitam de acessibilidade, usam o teclado para a navegação na internet. Uma pessoa cega, ou de baixa visão, não tem como posicionar o cursor, movido pelo mouse, nos links, ícones, formulários etc. das diversas páginas. Outras pessoas com deficiência, que têm comprometimento da coordenação motora nas mãos, a ponto de não conseguirem posicionar mouses para clicar, mas que possuem coordenação suficiente para teclar em teclados comuns ou mesmo com teclas de dimensões maiores, e pessoas que se utilizam de tecnologias assistivas específicas para uso do teclado, navegam através deste sem a utilização do mouse. Assim, um site que, além de sua navegação via mouse, permita uma boa navegação via teclado, possibilita sua utilização por um número muito maior de indivíduos.
No caso específico de pessoas cegas ou de baixa visão, o uso do teclado comum se dá através dos dedos indicadores colocados nas teclas das letras "F" e "J" que, por padrão, possuem um relevo em sua parte inferior. A partir dessas referências, pode-se teclar decorando-se as posições de cada letra. Assim, seguindo-se o posicionamento do indicador esquerdo na letra "F", onde existe o relevo, sabe-se que o dedo mínimo, também esquerdo, encontrará a letra "A", que subindo-se o dedo médio uma carreira, encontraremos a letra "E", e por aí em diante. Também teríamos exemplos para a mão direita, orientando-se a partir da tecla da letra "j". Caso não haja relevo nas teclas mencionadas, basta grudar um Durex ou esparadrapo nas mesmas para poderem servir de referência. O número 5 do teclado numérico, à direita, também possui relevo. Tecnologias assistivas como os leitores de telas, associados a sintetizadores de voz ou monitores e linhas Braille, complementam o acesso dessas pessoas na internet; nesse caso, o teclado comum para escrever, e as tecnologias assistivas para ler.


(Fonte: http://acessibilidadelegal.com/13-tudotem.php             12/11/17;  11:42)

# Acessibilidade promove um vida independente


O conceito de vida independente é outra peça chave no cenário da Acessibilidade. Ele foi desenvolvido por Ed Roberts e mais sete companheiros, todos com deficiência física, nos anos 60, na cidade de Berkeley, Califórnia, EUA, que ficaram conhecidos como o grupo dos "Tetra Rolantes" (por serem tetraplégicos e se locomoverem em cadeira de rodas). Lembrem-se que os Rolling Stones (tradução: Pedras Rolantes) eram sucesso, nessa época, daí a brincadeira com o nome do grupo. Fundaram o primeiro Centro de Vida Independente, a partir de valores e princípios:
  •   As pessoas com deficiência é que sabem o que precisam para ter melhor qualidade de vida;
  •    Suas necessidades variam, como as de qualquer ser humano e, por isso, só podem ser atendidas por uma variedade de serviços e equipamentos;
  •   A tecnologia assistiva pode significar a diferença entre a dependência e a independência, em determinadas situações;
  •  As pessoas com deficiência devem viver com dignidade, integradas em suas comunidades;
  •  A cidadania não depende do que uma pessoa é capaz de fazer fisicamente, mas sim das decisões que ela puder tomar por si só;
  •  A pessoa com deficiência é que deve ter o controle de sua situação;
  •  A autodeterminação, a autoajuda e a ajuda mútua são processos que liberam as pessoas com deficiência para controlar suas vidas;
  •   A integração entre pessoas com diferentes deficiências facilita a integração entre pessoas com e sem deficiência;
  •  Vida Independente é um processo onde cada usuário ajuda a moldar e mantê-la e não um produto para ser consumido indistintamente por diversos tipos de usuários.

(Fonte: http://www.bengalalegal.com/martagil    12/11/17;  11:47)

# Acessibilidade para pessoas com deficiência: o que prevê a constituição?


A Constituição prevê a igualdade material entre todos, assim sendo, é de responsabilidade do governo criar condições capazes de fazer com que as pessoas que enfrentam situações desiguais consigam atingir os mesmos objetivos. Para isso, o Estado se coloca como promotor dos direitos individuais e sociais, e faz isso por meio de políticas públicas de inclusão das minorias e dos mais vulneráveis, seja por questões financeiras, econômicas e sociais, ou, por limitações motoras ou emocionais.
Em Curitiba, por exemplo, diversos programas foram criados, dentre eles o programa Acesso, o qual tem como objetivo oferecer transporte público (adaptado) para que as pessoas portadoras de deficiência pudessem ter acesso a tratamento médico. Além desse projeto, foram instalados outros como o “Inclusão mais bici”, que tem como objetivo disponibilizar bicicletas aos deficientes visuais, para que estes também possam integrar ativamente as atividades da comunidade.
Independentemente do tipo de vulnerabilidade, todos possuem direitos, e o dever do estado é garantir uma condição de vida digna a todos aqueles que aqui residem. Para isso, o Poder Executivo é responsável pela formulação de políticas públicas e ações afirmativas. Quando essas não conseguem atender à demanda ou quando estão sendo ineficientemente empregadas, cabe ao judiciário realizar o papel de tentar, pela via judicial, fazer cumprir os direitos dessas minorias.
Cabe ressaltar, nesse cenário, a importância do Judiciário em assegurar os direitos daqueles que se encontram em situações mais vulneráveis. Essa via alternativa só foi possível graças ao movimento de elaboração dos princípios constitucionais, os quais passaram a ter um papel principal no debate econômico, social e político. Isso porque, eles passaram a ser vistos como guias para que a sociedade pudesse alcançar os seus valores fins, bem público e garantia do princípio da dignidade da pessoa humana.


# Garantias da Acessibilidade



 A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, proclamada em 09 de dezembro de 1975, em seu artigo 3º, dispõe:
“as pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. As pessoas deficientes qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar uma vida decente, tão normal e plena quanto possível”.

Encontramos em nossa Constituição Federal de 1988, garantias indispensáveis para a vivência das pessoas com deficiência, no entanto, alguns princípios se destacam e passam a ter maior importância sobre os demais, tais como o princípio da dignidade humana (art. 1º, inciso III, CF); o princípio da isonomia (art. 5º, caput, CF) e o princípio da habilitação e reabilitação (art. 203, inciso IV da CF).
Para o exercício desses e de todos os outros direitos fundamentais, o ponto vital; a pedra toque desses direitos é justamente a garantia da acessibilidade.
As constituições anteriores já consagravam o direito de acesso das pessoas com deficiência, contudo, eram poucos os que realmente lutavam para o cumprimento de seus direitos.  
Posteriormente, com o advento da Lex Máxima de 1988, o direito de acessibilidade, apesar de constar no rol das garantias fundamentais, sofreu um retrocesso, pois seu texto é de eficácia contida; uma norma de caráter limitado institutivo, por necessitar de outra norma para sua completa integração, o que só veio a ocorrer com a aprovação das Leis n. 10.048, de 08 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, portanto, 12 (doze) anos depois.
A Lei de Acessibilidade se tornou mais uma garantia e mais uma forma de se cobrar a aplicação dos princípios protetores das pessoas com deficiência, contudo, não foi o suficiente, dando ensejo à criação de um Decreto de Regulamentação (Decreto n.º5.296/04), o qual além de regulamentar a Lei de Acessibilidade, estabeleceu os prazos para adaptação dos prédios e estabelecimentos públicos e privados, de modo a garantir o acesso e permanência das pessoas com deficiência.
Apesar de todas essas garantias em prol das pessoas com necessidades especiais, o seu cumprimento carece de uma atenção especial, tendo em vista que, de acordo com os prazos estabelecidos no Decreto n. 5.296/04, muitos estabelecimentos ainda não dispõem de acessibilidade, gerando conseqüentemente muita exclusão.
O que falta para acelerar o cumprimento dessas normas é a cobrança, por parte dos Conselhos Municipais dos Direitos das Pessoas com Deficiência; das Sociedades Organizadas que representam as pessoas com deficiência; do Poder Público; das próprias pessoas com deficiência e seus familiares e, principalmente pela sociedade, porque só assim, se estará exercendo a tolerância e cultivando o seu respeito para com o seu semelhante.
A legitimação dessas pessoas para o acompanhamento do cumprimento das regras estabelecidas pelo Decreto n. 5.296/04, encontra-se prevista no art. 4º, desse Decreto.
Sem a efetiva cobrança os responsáveis pelas adaptações ficam alheios às suas responsabilidades e, prorrogam, em demasia, o cumprimento de suas obrigações para com as pessoas com deficiência e, também para com a sociedade.        
Somente após a concretização de tais mudanças, em que todos os estabelecimentos disponibilizarão de acesso às pessoas com limitações é que “as pessoas normais” se conscientizarão, de que vivem em um mundo em que há igualdades, semelhanças e desigualdades e, que para uma vivência sadia e feliz; é necessário que convivamos harmonicamente, respeitando as desigualdades e as semelhanças de cada um.


(Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1932014      12/11/17; 12:42)

# Tipos de deficiência


+Deficiência Física - tipos e definições de deficiência física, refere-se a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
› Tipos de Deficiência Física:
Tipo                      Definição
Paraplegia =  Perda total das funções motoras dos membros inferiores.
Paraparesia =  Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores.
Monoplegia =  Perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou posterior)
Monoparesia = Perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou posterior)
Tetraplegia =  Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
Tetraparesia = Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
Triplegia = Perda total das funções motoras em três membros.
Triparesia = Perda parcial das funções motoras em três membros.
Hemiplegia =  Perda total das funções motoras de um hemisfériodo corpo (direito ou esquerdo)
Hemiparesia = Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo)
Amputação = Perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro.
Paralisia Cerebral = Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental.
Ostomia =  Intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na parede abdominal para adaptação de bolsa de coleta; processo cirúrgico que visa à construção de um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o exterior do corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário).

+ Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.

No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.
Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:
1.      de 41 a 55 db - surdez moderada;
2.      de 56 a 70 db - surdez acentuada;
3.      de 71 a 90 db - surdez severa;
4.      acima de 91 db - surdez profunda;
5.      anacusia.

+ Deficiência Visual. Cegueira - Deficiência visual é uma categoria que inclui pessoas cegas e pessoas com visão reduzida. Na definição pedagógica, a pessoa é cega, mesmo possuindo visão subnormal, quando necessita da instrução em braile; a pessoa com visão subnormal pode ler tipos impressos ampliados ou com auxílio de potentes recursos ópticos.

+ Deficiência Mental - Funcionamento intelectual significativamente inferior á média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
1.      comunicação;
2.      cuidado pessoal;
3.      habilidades sociais;
4.      utilização da comunidade;
5.      saúde e segurança;
6.      habilidades acadêmicas;
7.      lazer;
8.      trabalho.

+ Deficiência Múltipla- As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física. A múltipla deficiência é uma situação grave e, felizmente, sua presença na população geral é menor, em termos numéricos.


# Melhorias e adaptações a partir da Acessibilidade


É muito difícil a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais pelas ruas da cidade. O acesso ao transporte e as edificações ainda é muito precário.
É necessário que ocorra adaptações e muitas melhorias para a locomoção e garantia de melhores condições de vida. Nas ruas, por exemplo, é necessário:
  • Fazer rampas e calçadas rebaixadas para os cadeirantes;
  • Colocação de pisos táteis (pisos especiais percebíveis pelo tato) e de alerta para os portadores de deficiência visual;
  • Instalação de barras de metal nas entradas de prédios e edificações;
  • Instalação de rampas de acesso em prédios residenciais e edificações;
  • Instalação de aviso sonoro nos semáforos, para a travessia dos deficientes visuais;
  • Calçadas e ruas em perfeito estado sem buracos e danificações;
Nos meios de transporte, algumas adaptações são necessárias como:
  • Instalação de elevadores nos ônibus para cadeirantes e locais reservados para as pessoas com muletas;
  • Maior quantidade de transporte reservado somente para as pessoas com deficiência, como é o caso do ATENDE;
  • Ampliação desses veículos especializados no transporte de pessoas deficientes também nas pequenas cidades;
  • Profissionais qualificados e especializados para o atendimento de pessoas portadoras de deficiência;
  • No metrô, maior quantidade de pessoas em horários de picos nas plataformas para a locomoção dos portadores de deficiência;
Para facilitar o aprendizado e a comunicação é necessário:
  • Criação de escolas especializadas para o ensino de crianças com deficiências especiais pelos órgãos responsáveis do Governo;
  • Contratação e incentivo de profissionais que saibam usar a linguagem de sinais;
  • Disponibilizar material gratuito em braile para o aprendizado das crianças;
  • Disponibilizar novos recursos (computadores) adaptados para essa necessidade aperfeiçoando o aprendizado de crianças e adultos.
Na construção civil é necessário:
  • A construção de casas e apartamentos adaptados às necessidades especiais.
  • A construção de jardins, parques e museus com acesso aos portadores com deficiência; e adaptação dos que já existem.
É necessário que cada um faça a sua parte para tornar a vida dessas pessoas um pouco mais digna, com qualidade e respeito.


# Acessibilidade e educação especial

Três em cada quatro escolas do país não contam com itens básicos de acessibilidade, como rampas, corrimãos e sinalização. Menos de um terço possui sanitários adaptados para deficientes. É o que revela o Censo Escolar 2014, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A educação de uma criança que apresenta alguma necessidade educativa especial é um desafio diário que as escolas enfrentam e, por desinformação, desestabiliza equipes diretivas, professores e funcionários.
A proposta de inclusão escolar não pode, em nenhum momento, fugir do conceito de acessibilidade, pois incluir significa que a escola deve se adaptar as necessidades dos alunos e não este adaptar-se a estrutura da escola. Não podemos falar em inclusão sem acessibilidade.
Os educadores, tem que ter em mente que a sua função não é tornar a informação acessível aos alunos, e sim, tornar a aprendizagem acessível a eles pois, o simples acesso a informação, não é sinônimo de aprendizagem.
O professor tem que ter um planejamento educacional organizado e estruturado que possa determinar o tipo de apoio e quando este deve ser oferecido.
Desta forma, conceitos como o desenho universal, tecnologias de informação e comunicação e tecnologia assistiva devem ser discutidos e aprofundados em todas as escolas.
As piores barreiras para a aprendizagem não veem das limitações inerentes ao indivíduo, e sim, da sua incapacidade de interação com os objetos da aprendizagem em decorrência da falta de suporte, de materiais adequados e de métodos inflexíveis.
Segundo Radabaugh (1993), “para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis.”
Contudo, a maioria dos professores vêm a tecnologia como sinônimo de computador. Os termos tecnologia de informação e de comunicação, desenho universal e tecnologia assistiva são desconhecidos ou mal interpretados. A falta de divulgação e de capacitação do corpo docente deturpa os próprios conceitos e, em muitas situações, inviabiliza a sua devida utilização.
Sem sombra de dúvida, a tecnologia assistiva e as TICS são usadas em muitas situações na escola mesmo que os professores não saibam identificar a sua presença no ambiente escolar.


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