domingo, 12 de novembro de 2017

# Acessibilidade e educação especial

Três em cada quatro escolas do país não contam com itens básicos de acessibilidade, como rampas, corrimãos e sinalização. Menos de um terço possui sanitários adaptados para deficientes. É o que revela o Censo Escolar 2014, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A educação de uma criança que apresenta alguma necessidade educativa especial é um desafio diário que as escolas enfrentam e, por desinformação, desestabiliza equipes diretivas, professores e funcionários.
A proposta de inclusão escolar não pode, em nenhum momento, fugir do conceito de acessibilidade, pois incluir significa que a escola deve se adaptar as necessidades dos alunos e não este adaptar-se a estrutura da escola. Não podemos falar em inclusão sem acessibilidade.
Os educadores, tem que ter em mente que a sua função não é tornar a informação acessível aos alunos, e sim, tornar a aprendizagem acessível a eles pois, o simples acesso a informação, não é sinônimo de aprendizagem.
O professor tem que ter um planejamento educacional organizado e estruturado que possa determinar o tipo de apoio e quando este deve ser oferecido.
Desta forma, conceitos como o desenho universal, tecnologias de informação e comunicação e tecnologia assistiva devem ser discutidos e aprofundados em todas as escolas.
As piores barreiras para a aprendizagem não veem das limitações inerentes ao indivíduo, e sim, da sua incapacidade de interação com os objetos da aprendizagem em decorrência da falta de suporte, de materiais adequados e de métodos inflexíveis.
Segundo Radabaugh (1993), “para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis.”
Contudo, a maioria dos professores vêm a tecnologia como sinônimo de computador. Os termos tecnologia de informação e de comunicação, desenho universal e tecnologia assistiva são desconhecidos ou mal interpretados. A falta de divulgação e de capacitação do corpo docente deturpa os próprios conceitos e, em muitas situações, inviabiliza a sua devida utilização.
Sem sombra de dúvida, a tecnologia assistiva e as TICS são usadas em muitas situações na escola mesmo que os professores não saibam identificar a sua presença no ambiente escolar.


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