Se pensarmos em acessibilidade nas páginas da web para
pessoas com deficiência, somos obrigados a refletir no modo de navegação, que
podemos dividir em três: navegação via mouse, navegação via teclado e navegação
por comando de voz.
A maioria das pessoas navegam via mouse e só se
utilizam do teclado para preencherem formulários, fazerem pesquisas, escrever
e-mails etc. No entanto, a maior parte das pessoas com deficiência que
necessitam de acessibilidade, usam o teclado para a navegação na internet. Uma
pessoa cega, ou de baixa visão, não tem como posicionar o cursor, movido pelo
mouse, nos links, ícones, formulários etc. das diversas páginas. Outras pessoas
com deficiência, que têm comprometimento da coordenação motora nas mãos, a
ponto de não conseguirem posicionar mouses para clicar, mas que possuem
coordenação suficiente para teclar em teclados comuns ou mesmo com teclas de
dimensões maiores, e pessoas que se utilizam de tecnologias assistivas
específicas para uso do teclado, navegam através deste sem a utilização do
mouse. Assim, um site que, além de sua navegação via mouse, permita uma boa
navegação via teclado, possibilita sua utilização por um número muito maior de
indivíduos.
No caso específico de pessoas cegas ou de baixa visão,
o uso do teclado comum se dá através dos dedos indicadores colocados nas teclas
das letras "F" e "J" que, por padrão, possuem um relevo em
sua parte inferior. A partir dessas referências, pode-se teclar decorando-se as
posições de cada letra. Assim, seguindo-se o posicionamento do indicador esquerdo
na letra "F", onde existe o relevo, sabe-se que o dedo mínimo, também
esquerdo, encontrará a letra "A", que subindo-se o dedo médio uma
carreira, encontraremos a letra "E", e por aí em diante. Também
teríamos exemplos para a mão direita, orientando-se a partir da tecla da letra
"j". Caso não haja relevo nas teclas mencionadas, basta grudar um
Durex ou esparadrapo nas mesmas para poderem servir de referência. O número 5
do teclado numérico, à direita, também possui relevo. Tecnologias assistivas
como os leitores de telas, associados a sintetizadores de voz ou monitores e
linhas Braille, complementam o acesso dessas pessoas na internet; nesse caso, o
teclado comum para escrever, e as tecnologias assistivas para ler.
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