O dicionário nos diz que "acessibilidade" é
um substantivo que denota a qualidade de ser acessível; "acessível",
por sua vez, é um adjetivo que indica aquilo a que se pode chegar facilmente;
que fica ao alcance. Na área da Deficiência, quando este termo começou a ser
utilizado, estava restrito ao ambiente construído e designava a eliminação de
barreiras arquitetônicas. Na verdade, a expressão mais freqüentemente usada era
"eliminação de barreiras", pois ficava subentendido que a pessoa se
referia às barreiras arquitetônicas. A sensação que as pessoas tinham (tanto as
pessoas com deficiência quanto familiares, amigos e profissionais) era muito
negativa: a cidade era vista como um lugar perigoso, cheio de armadilhas e
obstáculos a serem enfrentados, que requeriam disposição e paciência, todo dia.
Nada era fácil, nada era possível.
O significado do termo "acessibilidade" foi
ampliado. Percebemos que acessibilidade era mais do que construir rampas -
embora rampas sejam, sempre, fundamentais. Mas representam, literalmente,
apenas o primeiro passo. Rampas precisam levar a escolas, centros de saúde,
teatros, cinemas, museus, shows de rock... Este novo sentido foi aplicado a
outras esferas do fazer humano; passamos, então, a refletir sobre a
acessibilidade (e o acesso a) na Educação, no Trabalho, Lazer, Cultura,
Esportes, Informação e Internet.
Alcançar condições de acessibilidade significa
conseguir a equiparação de oportunidades em todas as esferas da vida. Isso
porque essas condições estão relacionadas ao AMBIENTE e não às características
da PESSOA. Falar sobre alcançar condições de acessibilidade implica em falar de
processo, que tem tempos e características diferentes em cada lugar, que tem
idas, vindas, momentos que parecem de estagnação - mas, na verdade, são momentos
em que novos conceitos, novas posturas e atitudes estão germinando. Processos
são demorados e precisam do cuidado de todos.
Um comentário:
Adorei o site , meus parabéns.
Postar um comentário